sexta-feira, 6 de junho de 2008

Fim de imposto = 3x (-) desigualdade do que Bolsa Família.

Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o fim da tributação da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) teria um efeito impactante 3x maior do que o programa bolsa família na redução das desigualdades sociais.

O Jornal Folha Online divulgou levantamento do IPEA onde é apontado que “... uma transferência dos tributos chamados indiretos, embutidos nos bens de consumo, para a cobrança direta, como o Imposto de Renda, pode reduzir a pobreza”. O IPEA apresenta, ainda, duas alternativas para tributação mais justa: 1º O fim da COFINS. Segundo o presidente do instituto, Márcio Pochmann, "O efeito é maior porque a COFINS está embutida nos bens de consumo, portanto tem um impacto grande nas camadas mais pobres." 2º) Mudança no Imposto de Renda: Com aumento das faixas tributadas e progressão na cobrança do tributo sobre os maiores rendimentos, chegando a 60%.

De acordo com o instituto, o fim do imposto faria o Brasil cair de 0,56 para 0,53 no índice de desigualdade social (quanto mais perto de 1, mais desigual o país), enquanto que o programa Bolsa Família foi responsável por uma queda de, apenas, 0,01 deste mesmo índice.

Entretanto, ainda que o índice chegue a 0,53, o país encontrar-se-á distante do valor considerado razoável. A Folha Online informa que “... Uma sociedade onde todos tivessem o mesmo rendimento teria índice zero. Para ser considerado razoável, um país precisa estar próximo de 0,40.”

Outro argumento interessante é que, de acordo com o estudo, 6,4 milhões de brasileiros (o equivalente a 3,5% do total de 32,5% que estão abaixo da linha da pobreza e têm renda de até meio salário mínimo per capita por mês -R$ 207,50) deixariam de pertencer a este grupo, caso fosse extinta a cobrança do COFINS, diminuindo de 32,5% para 29% o número de miseráveis no país.

A verdade é, após a matéria da Folha Online, a gente nota que a queda do COFINS parece ser mesmo, 3x mais eficiente para resolver os problemas e desigualdades do Brasil. Mas será que ajudaria a ganhar as eleições tão bem quanto a Bolsa Família?

Atitudes que merecem aplausos

O Colégio Evangélico Augusto Pestana (CEAP) situado em Ijuí, município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, tem como filosofia a contribuição na construção de uma sociedade mais humana, menos individualista e mais justa.

Até aí, tudo isso poderia ser demagogia, ou mais um dsicurso vazio. Entretanto, o CEAP, com o objetivo de focar e sensibilizar para questões sócio-ambientais, está realizando durante esta semana, a 2ª edição da (Semana “D” atitude - Conspiração a favor da vida), envolvendo todos os alunos de todas as séries (da educação infantil ao 3º ano do ensino médio)

Serão realizadas atividades das mais variadas e interessantes: Discussões; campanhas com direito a cartazes, feitos pelos alunos, espalhados pela cidade; palestras; seminário; oficinas; jogos e pesquisas abordando temas como: Os profissionais e suas responsabilidades sócio-ambientais; as escolhas e responsabilidades do século XXI; cuidado com a vida na adolescência; uso e destino do papel; reciclagem e reaproveitamento de materiais; o problema e a solução para o consumo exagerado de copos descartáveis; relacionamento entre os colegas na escola; vivências e sensibilização com a natureza, entre outras atividades.

A vice-diretora do colégio, professora Mônica Brandt, afirma que a intenção é fazer a parte deles na busca por soluções para os problemas do planeta, sejam eles no âmbito da sustentabilidade ou das relações sociais. Afirma, ainda, que o CEAP considera esta busca um dos grandes compromissos da Educação baseando-se, para isso, na proposta da Agenda 21.

É ou não é um grande exemplo a ser seguido? Quem dera todas as escolas realizassem atividades deste porte e com esta profundidade. Principalmente nos grades centros urbanos. Onde a maioria das instituições de ensino trabalha este assunto de maneira bastante superficial. Neste caso, ainda bem que existem as exceções. Salva de palmas, para o CEAP!!! Nota 10!!!

Por Maíra Santos

Brasil leva "puxão de orelha" da ONU

Hoje, dia 01/06, o jornal O Estado de São Paulo divulgou, em seu site, que o Brasil está sendo pressionado a justificar-se diante de embaixadores, especialistas e ativistas, do mundo todo, sobre o que a ONU está chamando de "verdadeira crise de segurança pública" no país.

A Organização das Nações Unidas convocou os países para uma convenção em Genebra, no dia 02/05, nesta segunda, para realizar um debate cujo tema será "A violência policial no Brasil". E mais, a ONU cobrará do governo ações emergenciais para evitar o agravamento da crise. A convenção contará com a presença do relator da ONU para assassinatos sumários, Phillip Alston.

Segundo O Estado de São Paulo, Philip apresentará sua avaliação sobre o Brasil ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e acusará a polícia de envolvimento com grupos criminosos e formação de esquadrões da morte. O relator ainda sugerirá medidas como: Reforma do sistema judiciário para poder julgar policiais; maiores salários aos policiais para que não caiam em esquemas de corrupção; uma ampla investigação na atuação das polícias; monitoramento das prisões; e maiores recursos para os ministérios públicos.

Alston afirmou ainda que "É desconcertando ver que poucos homicídios são condenados".

"Organizações não-governamentais (ONGs), como a Conectas, Gajop e Justiça Global, enviaram à ONU e aos governos uma carta na semana passada alertando que o Brasil até agora não implementou as recomendações da entidade. "As organizações destacam que os casos de execuções sumárias pela polícia se agravaram em 2008", informou a carta das entidades. A ONU alerta que entre 45 mil e 50 mil pessoas são vítimas de homicídios no Brasil por ano e as táticas da polícia e do governo não estão dando resultados." (O Estado de São Paulo,)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Chega de eufemismo! Quem joga lixo no chão é porco.

Certo dia, uma garota pediu que eu jogasse uma lata de refrigerante pela janela do ônibus. Horrorizada pela falta de pudor dela ao me pedir que executasse algo tão repugnante, com a mesma naturalidade de quem pede para fechar uma janela, fui tachativa. _ Eu não jogo nada na rua, mas a janela é pública. Jogue você! Se quiser._ Ela arregalou os dois olhos, foi quando percebi que por mais chocada que eu tivesse ficado com o “pedido” dela, a surpresa maior não era a minha. Senti naquele momento que ela jamais esperava tal reação.
Depois de um tempo, acho, tentando digerir minha resposta, ela disse: _Eu não pedi que você jogasse pela janela, mas sim que colocasse aí, no canto do ônibus. _ Incrível a inútil tentativa dela de parecer menos mal educada. _Mas eu também não jogo nada no chão._ respondi de imediato. Tenho aversão a todas essas pessoas que jogam lixo no ônibus achando que: _Ah!... Aqui não tem problema porque tem quem limpe no fim do dia._ Depois, estas mesmas pessoas reclamam da sujeira e da presença das habitantes cascudas, as baratas.
Algumas pessoas certamente vão pensar que fui muito rude com a garota, mas acho que não. Tenho certeza que daqui pra frente ela vai pensar duas vezes antes de jogar qualquer coisa na rua.
Afinal, ao contrário do que possa parecer, eu não nasci com este pensamento. E mesmo que minha mãe tivesse insistido em me dizer que aquilo era errado e ter me feito voltar várias vezes para apanhar o lixo que, vez por outra, eu jogava no chão. A minha consciência só foi despertada quando, num belo dia, ainda criança, andando por numa rua quase deserta e não encontrando um lixo para me desfazer da minha lata de refrigerante, joguei-a discretamente ao chão, acreditando que ninguém estivesse vendo.
Porém, ao entrar em contato com o chão, o barulho da lata, na rua em silêncio, foi flagrante. Ouvi então uma voz gritada atrás de mim. _Ê porca!... Pra que jogar lixo no chão?_ Não tive nem a coragem de olhar pra trás e até hoje, mesmo em época de carnaval não tem nada que desperte mais a minha angústia do que ter de me desfazer de uma lata no meio da avenida.
Desculpas para justificar o ato de joga lixo no chão. Já ouvi diversas. Inclusive de cunho social. _Se não jogarmos o lixo, tiraremos o emprego do gari._ A estas pessoas, tão preocupadas com o bem estar dos garis, devo assegurá-las de que areia e poeira sempre existirão para serem varridas.